segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Nara Teresinha Knaack



 Nara T. Knaack nasceu no dia 06.01.52, em Cruzeiro do Sul / RS. Filha de José Mário e Talita Maria Sulzbach e irmã de Álvaro (falecido) e José Mário Sulzbach Júnior.
               Estudou até a 3ªsérie do Curso Fundamental, na Escola Estadual Fernandes Vieira, Lajeado, e completou seus estudos, até o Curso Normal, no Colégio Madre Bárbara.
               Casou-se em 1972 com Antônio Carlos Rodrigues Knaack, com quem teve dois filhos: Josué (35 anos) e Josias (29 anos).Hoje avó de dois netos: Matheus e Lucas Knaack, bem como Mateus Borges, Guilherme Moerchbacher e Luís Gustavo Araújo que os considera netos do coração.
               Iniciou sua carreira literária nos bancos escolares, no Madre Bárbara, vencendo concurso de poesia e contos. Seu sonho de escritora concretizou-se em 29.05.1992. Com o lançamento do livro “Por Minhas Mãos”. Em 08.10.1993 lançou “Palavras do Tempo”. Participou de duas Antologias Poéticas, em nível nacional e de Mercosul – “Mulher Poeta” – 1993 - lançamento na Casa de Cultura Mário Quintana, Porto Alegre, em 18. 06.93 e “Pulsações Reunidas”, em 1995.
               Em 2000, foi convidada a fazer parte dos colaboradores do Jornal O Informativo do Vale, como cronista, mantendo sua coluna, semanalmente, na página dois até hoje.
               Sua carreira profissional teve início em 1977, na Escola municipal Alfredo Lopes da Silva, em Lajeado – escola que leva o nome do seu bisavô materno. Em 1978 e 1979, trabalhou na Escola Particular José Bonifácio, de Conventos - hoje Sinodal. Em outubro de 1979, iniciou suas atividades na 3ª Coordenadoria de Educação, Estrela, permanecendo até 1993, Trabalhou também, de 1986 a 1991 na Secretaria Municipal de Educação de Lajeado.
               Em maio de 1993, iniciou suas atividades no Colégio Estadual Presidente Castelo Branco, Lajeado, como contadora de história - Hora do Conto, sendo carinhosamente chamada de “Faísca”. Mais tarde assumiu a disciplina de Ensino Religioso, na qual atua até hoje, abrangendo os Cursos Normal, Fundamental e Médio.
               Em 1997, foi convidada a participar do corpo docente da Escola Particular João Batista de Mello, também na disciplina de Ensino Religioso.
               A professora/ escritora ministra palestras para adolescentes, nas diversas redes de ensino, bem como conta histórias, desenvolvendo exercícios lúdicos, abrangendo, com este trabalho, vários níveis de ensino. Já participou de várias Feiras de Livros organizadas pelas Prefeituras Municipais, Escolas Particulares e Estaduais, do Vale Taquari e também Porto Alegre.A escritora tem como fonte geradora de entusiasmo a esperança e a coragem, muito amor e exemplos deixados por seus pais.

Rua Leopoldo Sulzbach, 47- Lajeado - tel. 3748-3517 - 9223-4376.


OBRAS DE NARA KNAACK 

Livro Por Minhas Mãos

Lançamento: 29.05.1992.
Poema de abertura;
Capa: Mistes S. Suzlbach Rodrigues - minha prima

Por Minhas Mãos, Senhor!

Em tuas mãos entreguei,
Por tuas mãos recebi,
Por minha mão supliquei,
Por tuas mãos consegui.

Em minhas mãos, o pedido;
Em tuas mãos, o sentido;
Em minhas mãos, o sufoco;
Por tuas mãos, o alívio louco.

Por minhas insistentes,
Por minhas mãos conscientes,
Por minhas mãos, pedidos comoventes;
Por tuas mãos, respostas coerentes.

Por minhas mãos agradeço,
Por tuas mãos comovidas,
Por tua mão, a resposta da vida.

(Esta poesia foi transformada, por Pedro Flor, em música).
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Lamento I

Chora, coração;
Chora, ilusão;
Chora pela decepção.
Chora, coração;
Chora, ilusão perdida;
Chora pela dor sentida.

Chora, coração;
Chora pelo sofrimento,
Chora pelo sentimento,
Chora pela ingratidão.

Chora, coração;
Chora pedaço meu,
 Que por minhas mãos
O mundo ainda será teu.
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Coletânea poética a nível nacional – Mulher Poeta
Lançamento em 18.06.93, na Casa de Cultura Mário Quintana - Porto Alegre.

Agüenta Coração

Agüenta, coração.
O latejar de tanta emoção.
Agüenta, coração,
E tenta conciliar com a razão.

                                      Às vezes, o coração da gente
Mais parece uma criança inocente.
Outras vezes, se agiganta,
Não conseguindo silenciar
A fala deste ser que tanto o acalanta

Mas em todas as situações
Que a vida apresenta,
Lá está ele, firme,
Resistente,
Numa conformação aparente.

Agüenta, coração,
Agüenta só mais um pouquinho,
Pois preciso muito de ti,
Para prosseguir meu caminho.
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Livro Palavras do Tempo

Capa – Mirtes S.S.Rodrigues
Lançamento - 08.10.1993- aniversário de 20 anos do meu filho Josué.

O mundo e a poesia

Vivo neste mundo com minha poesia.
Vibro no encontro das rimas,
Com apalavra que cala,
O coração que vê
E crê
 Neste mundo complexo,
Corrupto,
Agressor,
Que não oferece a paz, o elemento sonhador.

Por isto,
Vivo e creio na poesia,
Pois, com sua magia,
Corro e percorro o caminho do Amor.
Sonho com o mundo erguido
Pela esperança, pela crença
De um povo que luta,
Na busca da tranqüilidade,
Do sustento,
Pois, entre sorriso e lamento,
Pensa encontrar,
Na realidade do meu verso,
A verdade para todo o nosso universo.Do mundo vou embora,
Quando chegar a hora,
Mas minha poesia fica,
Se não lida, mas escrita.


Por favor, não diga nada


Deixa eu somente te olhar
E imaginar
Teus braços me envolvendo
E por ti, aos poucos, meu corpo cedendo.

Deixa eu falar,
Falar por nós dois,
Pra depois não chorar
Por não ter escutado
Tua voz a me dizer:
Vou sempre te amar.

Deixa eu sonhar,
Sonhar com uma noite de luar,
Esperando tua chegada,
Sentindo-me desejada,
Mas, em teus braços meio acuada,
Com medo de te amar.

Por favor, não diga nada.
Deixa eu somente sonhar,
Acreditar na certeza
De que o grande dia vai chegar.

Por favor, não diga na.
Deixa eu viver este momento,
Nem que seja só em pensamento.

        
(Poesia musicada por Pedro Flor, já gravada em CD).



Antologia Poética – Pulsações Reunidas
Lançamento - 1995
Poetas em nível dos países do Mercosul

Porto Seguro

Te amei com loucura.
Te amei com ternura.
Te amei com o amor da criatura
Que insegura fica
Quando transita
Pelas ruas da ilusão.

E, ao encontrar teu olhar,
Não sente alegria,
Não vê o brilho, nem a poesia,
Somente um rosto sereno,
Pequeno,
Quem sabe triste, por alguma decepção.

Mesmo assim...
Te amei sozinha.
Entreguei-me inteirinha
Ao desejo,
Ao lampejo
Da lembrança
Que meu sonho
Pode ofertar.

Te amei!
Te amo!
Te amarei!
Não importa o tempo:
Passado, presente, futuro.
O que importa
 É este porto seguro
Que é te amar.


  
Livro De Amor e de Sonhos
Capa – Mirtes S.S.Rodrigues
Lançamento - 13 de dezembro de 2002.

De Amor e de Sonhos

Nasci.
Cresci.
Amadureci.
De amor e de sonhos me fortaleci.

Do amor, a construção.
Do sonho, a ilusão.

Do amor, a certeza.
Do sonho, a pureza.

Do amor a criatura;
Dos sonhos, às vezes, a amargura.

Do amor, sempre vou te amar,
Dos sonhos vou continuar
Buscando, a cada dia,
No ser humano a alegria.

De amor e de sonhos,
Minha vida continua
Na certeza de meus passos,
A cada esquina de cada rua.
Sempre crescendo,
Amadurecendo,
Vivendo o amor
Que em mim perpetua.
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Um Rosto


Procurei um rosto.
Procurei um olhar.
Andei por aquele caminho,
Na certeza de te encontrar.

Procurei um rosto.
Procurei um sorriso.
Olhei de mansinho,
Mas não encontrei o que preciso.

Procurei um rosto,
Na espera de um aceno,
Mas senti naquela hora
Que meu mundo é pequeno.

Procurei um rosto.
Encontrei a solidão.
E nesta procura
Machuquei meu coração.

Assim continuei,
Pelas ruas da vida,
Ferida, cansada,
Mas tendo a certeza
De que encontrarei a face esperada.
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Além dos livros, escrevo crônica todas às segundas- feiras, no Jornal O Informativo do Vale, desde 05.06.2000

As múltiplas faces de uma mulher
          Dias atrás, uma amiga, uma profissional muito qualificada, disse que sou uma mulher que exerce várias funções ao mesmo tempo, até citou um livro com o título parecido ao que ela comentou. Recebi isto como um elogio, é claro. Mas depois, sozinha, relembrando nossa conversa, pensei: é verdade, ela tem razão, pois têm dias que parece que os pensamentos vão se enroscar uns nos outros. Mas quantas outras mulheres também possuem estas múltiplas faces! A vida e o dia-a-dia estão repletos delas, onde com coragem, com sensibilidade, são geradoras de novos personagens, os quais, às vezes, são pouco valorizados por aqueles com quem  convivem.
               As mulheres de hoje estão mais “atrevidas”, no bom sentido certamente. As “Amélias” com certeza estão em extinção, a não ser que alguns grupos sociais ou ecológicos tenham interesse em preservá-las.
               Amigo leitor, mesmo com as Amélias em baixo, o papel da mulher está cada vez mais se multiplicando pelas inúmeras funções que ela precisa executar com êxito. As mulheres, normalmente, já acordam trabalhando. São às vezes como patrolas dentro de uma casa e não são reconhecidas pela Secretaria de Obras; entre tantas ocupações, a mulher é faxineira, enfermeira, conselheira, dona de casa, cozinheira, sabe pilotar melhor que o “Felipe Massa” um carrinho de supermercado; sabe ser profissional, mãe, filha, sogra, avó e vódrasta, amiga, esposa amantíssima, sem ter que, necessariamente, usar a sua criatividade de “ótima” atriz.
               Nós mulheres, com certeza, gememos e choramos nossos vales de lágrimas, pois somos, por natureza, muito mais sensíveis do que aqueles, cuja cultura diz que são corajosos, fortes, cheios de “muques e truques”, mas que, na verdade, são tão gente, tão humanos como nós e nos tonteiam, nos enchem de fantasias, de orgulho, de sonhos quando nos apaixonamos. Eles, os homens, são muito mais cautelosos em relação aos sentimentos, mas não os rejeitam e sabem assimilá-los a uma vida tão cheia de preconceitos e machismos. No entanto, se vamos fazer certas perguntas referentes ao comportamento do homem a determinadas mulheres, elas dirão: “são todos iguais, só mudam de endereço”. “Queridos leitores”, não se assustem, pois sabemos que em toda regra há exceção.
               Às vezes, quando navegamos no barco da vida, pelos muitos papéis que desempenhamos, pensamos que nunca encontraremos um porto seguro. Porém, com a chegada da maturidade, somos um pouco mais cautelosas e menos exigentes, pois temos consciência do que queremos realmente e não agimos mais por impulsos. Então conseguimos enxergar o porto, mesmo que este esteja distante, sabemos que poderemos encontrá-lo. E assim, lá vamos nós, tocando nosso barco, vestindo o personagem da vez e usufruindo a vida, enquanto ela estiver disponível.

Paz e bem.
Crônica para dia 24.11.08.Aos leitores, um abraço afetuoso da poeta, cronista, da mulher que sonha com um mundo melhor, com mais justiça, menos violência e da professora que, diariamente espalhas sementes do bem.

Obrigada por tudo.

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