segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Notícias do Concurso Literário em diversos veículos de Comunicação

O jornal Fato Novo de Taquari deu um grande destaque ao nosso concurso Literário, assim como outros jornais, rádio e TV. O que chamou atenção foram as declarações e a importância que os dois entrevistados deram ao nosso concurso.
Segue o Link da notícia e abaixo a reprodução do texto.

 
 Taquariense está entre os vencedores do concurso da Alivat
07-Out-2011
No dia 28, em reunião do Parque Histórico de Lajeado, a Academia Literária do Vale do Taquari (Alivat), divulgou o resultado do seu terceiro concurso. A Academia recebeu 116 obras de 40 autores, provenientes de várias cidades da região. O presidente da Alivat, Deolí Gräff, ressaltou a qualidade dos textos.
“O que demonstra que temos muitos e bons escritores em condições de ingressar no mundo literário”. O prêmio dos vencedores será a publicação de seus trabalhos em livro, ainda sem data para lançamento.
Cristiane Lautert Soares, 27 anos, estudante de jornalismo da Unisc, ficou em segundo lugar na categoria Conto. Ela conta que o gosto pela escrita e pela literatura surgiu quando era pequena. “Sempre senti a necessidade de dividir com o papel as minhas experiências. O papel ou o Word recebe melhor as impressões da alma. O papel entende”. A cronista gosta de construir textos, deixá-los na gaveta, modificá-los. “Uma centena de vezes. Eles nunca ficam prontos, na verdade. Eu é que tenho urgência de soltá-los no mundo”, Cristiane continuará produzindo e está feliz em saber que seu texto será publicado. “É um presente de Deus! Isso motiva a continuar escrevendo, a continuar tentando. Vou participar de outros concursos, sem dúvida. Quem sabe um dia eu publico um livro? O sonho é grande e os passos são pequenos, como deve ser”.
Cronista das coisas comuns
Cristiane escolheu o estilo que considera expressar melhor seu pensamento. “As crônicas têm este lance bacana de possibilitar que coisas comuns, aparentemente banais, assumam um sentido maior”. Para ela, os leitores se identificam, vivenciando as experiências de outrem. Quanto a outros estilos, ela arrisca alguns passeios pelos poemas, “mas me sinto em casa escrevendo crônicas”.
O texto selecionado pela Alivat, Espera um pouco mais, é sobre o tempo de espera nas filas de determinados estabelecimentos. “De um modo irônico, tentei retratar que o tempo gasto com a demora nos atendimentos de agências bancárias e correios, por exemplo, pode ser encarado como uma bateria de testes, necessária para que o indivíduo seja admitido no mundo adulto”. A escritora conta como encara as filas e as reações a partir de algumas situações que, provavelmente, a maioria dos usuários desses serviços já enfrentou.
O trabalho de Cristiane pode ser acompanhado pelo blog Incontinência Literária (http://incontinencialiteraria.blogspot.com).
RESULTADO
CONTO
1º Lugar – Lembranças – Adriano Anschau - Lajeado
2º Lugar – Bilhete de Bobby – Jeferson Henrique Rodrigues – Lajeado
Menção Honrosa
A Ameaça – João Roque Scherer – Lajeado
Crônica
1º Lugar Marcas do Primeiro Dia – Janice Schmidt – Cruzeiro do Sul
2º Lugar Espera um Pouco Mais – Cristiane Lautert Soares - Taquari
Menção Honrosa
Pés descalços – Adilar Signori – Roca Sales
Corina – Iara Ghilardi Breitenbach - Lajeado
Crônica Histórica
1º Lugar Viagem ao passado de Vila Progresso – Leandro Lampert - Lajeado
2º Lugar Rio Taquari – Luis Fernando Radaelli – Lajeado
Menção Honrosa – não houve
Poesia
1º Lugar João de Barro – Rosane Piccinini – Roca Sales
2º Lugar Amor – Rivail Teixeira - Lajeado
Menção Honrosa
Flagrantes recortados – Alessandra Ames – Arroio do Meio
Acalanto – Romeu Sandro dos Santos – Pouso Novo
“Uma poesia nunca fica pronta, você apenas desiste dela...”
Rivail Teixeira tem 33 anos e sempre gostou de escrever. Ele diverte-se dizendo que atualmente sua maior influência é a história em quadrinhos Calvin e Haroldo, de Bill Watterson.
Foi com a poesia “Amor” que Rivail participou do concurso da Alivat e obteve o segundo lugar na categoria. O jornalista de O Fato Novo, revelou cedo seu talento na escrita. Ele conta que ganhou dois concursos infantis quando tinha 7 ou 8 anos, e outro aos 14 anos. Neste, um projeto da Secretaria Estadual de Educação, que resultou de uma biblioteca itinerante pelo Estado.  Seu livro Da Minha Janela estava entre eles. Mesmo assim, o jornalismo não lhe passava pela cabeça. “No teste vocacional deu antropologia e eu queria ser psiquiatra”, ri. Foi lendo os cadernos de vestibular que optou pelo jornalismo. “Dizia lá: se você é fofoqueiro, cricri, gosta de ler e escrever, faça jornalismo. Daí pensei, vou ver se é isso”, lembra. Ele entrou para a faculdade de Comunicação Social e, aos 18 anos, começou a trabalhar em O Informativo do Vale, jornal da sua cidade, Lajeado. “Quando terminei o curso não tinha certeza se era o que queria fazer para toda a vida e comecei a faculdade de Ciências Sociais. Mas acabei resolvendo que era com a escrita que trabalharia”.
Obras e influências
Aos 27 anos, Rivail começou a escrever além dos espaços da redação, “por uma necessidade de alma”. Em 2005 e 2006 escreveu um grupo de textos que chama de Netuno, do qual faz parte o poema “Amor”, escolhido pela Alivat para a publicação. “Nesta época, eu estava influenciado por leituras de Rimbaud, Dante Alighieri, Jung, Erasmo de Roterdã e Bachelard. Em 2007 e 2008, escrevi outro grupo de textos, que chamo de Terra, influenciado principalmente por Nietzsche e Artaud. Em 2009 iniciei Marte. É onde estou, e para o que tenho me dedicado bem pouco e lendo apenas Calvin e Haroldo”. Para Rivail, participar do concurso da Alivat foi um teste para saber se os projetos mereciam mais disciplina e dedicação. “Ser jornalista é sempre estar falando dos outros, do que as pessoas fazem, como vivem, quais seus problemas, necessidades... É ser voz do outro, mesmo que tudo isso passe por dentro de você. O texto subjetivo sempre é o falar-se, é uma exposição maior das coisas que se sente, que te fazem sofrer ou feliz, das angústias, medos”, define. Perguntado sobre quanto tempo leva para escrever uma poesia, Rivail responde com filosofia: “Uma poesia nunca fica pronta, você apenas desiste dela...”.

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