sexta-feira, 27 de novembro de 2015

24º COLÓQUIO LITERÁRIO DA ACADEMIA E ASSEMBLÉIA GERAL EXTRAORDINÁRIA

No último dia 25, a Academia Literária do Vale do Taquari, esteve reunida para seu 24 Colóquio Literário Mensal.
Após saudar os presentes, o presidente Márcio Marquetto Caye, passou a palavra ao Acadêmico Pedro Braz Rosa da Silveira para a mensagem inicial.Ele apresentou o texto a seguir, que gerou um interessante debate entre os acadêmicos e convidados.
SOCORRO AO MEIO AMBIENTE.
Pedro Braz Rosa da Silveira
 Diante desses acontecimentos recentes, por certo inúmeras publicações tratando da defesa do meio ambiente aparecerão, dado a insensatez do ser humano na destruição e no aniquilamento da senhora do mundo: A natureza. Não tenho lembrança, mercê de meus longos anos de vida, da ocorrência  de tantos desastres ambientais: terremotos, maremotos, enchentes e, uma séria enorme de outras situações calamitosas partidas da natureza em fúria, combatendo a ação devastadora do homem. Pensando estive nestes dias no caso da exploração das reservas de petróleo nas águas profundas dos oceanos  e, agora, como novidade a exploração da camada  do pré-sal. Não tenho nenhum conhecimento no campo da geologia , mas não posso deixar de pensar que a  incomensurável  quantidade de litros de petróleo retirados da camada do pre-sal, deixando onde encontrava-se o óleo bruto um vazio, uma cratera submarina enorme e, sendo a terra uma esfera, como será então, recomposta imensa abertura de onde petróleo foi sacado. Quais serão as consequências desta agressão à natureza ?  Minha humilde e minha adoração pela Mãe Natureza que entendo ser de uma perfeição a toda prova, provoca minha observação/protesto com seguinte poesia: 
PINHEIRO SÓ.
Da janela do ônibus olhava a miríade dos verdes campos,
Corria o veículo bem no meio daquele tapete verde,
onde o homem asfaltará a via.
Comtemplava do meu banco a perfeita obra que a natureza semeara.

Lancei minha visão para mais longe,
Levantei o olhar para deslumbrado
Assistir a imponência daquela paisagem.
Avistei, então, muito longe um pinheiro.

Um pinheiro só

Era crescido, avantajado,
Comprido e com uma enorme copa
Os tons de verde escuro do pinheiro
com o verde claro do campo
Compunham um poema em cores.

 Mas...era um pinheiro só.
Ilhado pelo campo verde.

O ônibus prosseguia rasgando o asfalto
E, aos poucos, o pinheiro
Foi ficando pequeno, pequeno
Até desaparecer ao alcance
Da minha visão.

Ainda com aquele espetáculo na imaginação
Absorvi a desgraça sofrida
Por aquele pinheiro solitário.
Agora totalmente solito.

Procura ele por todos os lados
Alguma companheira ou pela árvore-mãe
Que deitou a semente na terra e o fez medrar.
Nada encontra, pois é um pinheiro só.

Com suas longas raízes
Vai à caça de alguma árvore sobrevivente,
Para enlaçar e afagar alguma raiz existente
E presentear com um abraço fraternal.

Entretanto é um pinheiro só!

O que sobrou
e, nem sabe como,
depois da devastação
Praticada pela irracionalidade do homem.

Não tem mais ninguém
Só ele simboliza agora
O herói sobrevivente
No combate às assolações das florestas.
Desafia a insanidade destruidora
Deste tesouro da natureza.

Agora, vai roendo sua solidão,
Agora, nada teme.
Resigna-se.
Pois sabe que o castigo cruel,
Está reservado para estes seres desumanos e desnaturados.

 Na seqüência o escritor convidado Claiton Fernandez  apresentou sua trajetória como escritor e pesquisador no espaço que a Academia denomina Momento do Livro..
A seguir trataram-se assuntos gerais relativos a administração da Academia e organização da Festa de Natal.
Após encerrado o Colóquio, a Academia esteve reunida em Assembléia Geral Extraordinária, tendo como tema de pauta a indicação do nome de uma escritora para se tornar acadêmica, indicada que foi pelos acadêmicos Ampère Giordani e Airto Francsco Gomes, a escritora Valesca dos Santos Pederiva teve seu nome aprovado e será empossada em 15 de dezembro na cadeira de número 28, tendo como patrono o professor e pesquisador Dinizar Firmiano Becker.


 

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